Haja saúde para encarar o inverno no Rio Grande do Sul. Para os próximos dias, a meteorologia prevê frio, calor, chuva, granizo e até chance de neve no Estado. Na sexta-feira (23), o tempo fica firme e os termômetros já começam a subir, mesmo com previsão de um amanhecer ainda gelado em todas as regiões.
No sábado (24), volta a esquentar, o que aumenta a amplitude térmica, pois a massa de ar frio fica completamente no Oceano Atlântico. Na Capital, por exemplo, a mínima deve ser de 12°C e máxima de 27°C. Contrastando com o frio deste início de quinta-feira (22), quando Porto Alegre teve a menor mínima do ano. Já em Santa Maria, no centro do Estado, os termômetros variam entre 14ºC e 28ºC, segundo a Somar Meteorologia.
No domingo (25), a novidade é a volta da chuva e, por conta do tempo fechado, deve esfriar. As chuvas vêm na forma de pancadas, com raios e rajadas de vento na Metade Sul. Há risco, inclusive, de queda de granizo em vários pontos do Estado e em parte da Região Metropolitana.
Depois dessa gangorra do tempo no final de semana, na próxima segunda-feira (26), outra frente fria ganhará força a ponto de chegar no Rio Grande do Sul.
— Além de carregar o frio, essa condição derrubará as temperaturas em todo o Estado. De domingo para segunda, por exemplo, a região Centro-Sul poderá ter queda de 10°C nos termômetros. O pico de frio dessa nova frente será na quarta-feira (28), data em que trabalhamos, inclusive, com a possibilidade de neve — pontua Fábio Luengo, meteorologista da Somar Meteorologia.
E a saúde?
Não bastasse a pandemia, os gaúchos ainda precisam cuidados redobrados com a saúde diante desses altos e baixos do clima. Essas mudanças rápidas, muito frio, muito quente e muito úmido, trazem consequências, principalmente, para o sistema respiratório.
— Pessoas com asma, rinite, fumantes ou ex-fumantes com doenças associadas ao tabagismo ficam mais suscetíveis a infecções ou agravamento das doenças de base — alerta o pneumologista da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre Luiz Carlos Corrêa, membro titular da Academia Sul-Rio-Grandense de Medicina.
Dessa forma, a orientação é manter os tratamentos recomendados pelo médico, lembrando que eles devem ser revisados pelo especialista com frequência.
Aquelas pessoas sem problemas respiratórios precisam estar atentas para cuidados básicos, como roupas adequadas à temperatura, alimentação equilibrada e hidratação frequente, além da prática regular de exercícios físicos. Ao surgir qualquer sintoma incomum, a recomendação do pneumologista é que se busque orientação do médico de referência.
Nos dias mais frios, fique quentinho
Para manter a temperatura corporal em 36°C em dias em que os termômetros estão em baixa lá fora, o organismo precisa fazer adaptações. Você pode dar uma mão, aquecendo o corpo. Mantenha-se bem agasalhado, mesmo dentro de casa, e proteja bem as extremidades: pés, mãos, pescoço e cabeça.
Na hora de ir à rua ou mesmo de passar de um cômodo climatizado com ar-condicionado, por exemplo, para outro, também reforce as roupas.
— Mudanças bruscas de temperatura afetam o mecanismo de defesa do organismo. Evite sair do banho quente para um quarto úmido e frio. Quem sair para rua precisa colocar uma jaqueta que possa tirar no decorrer do dia e recolocá-la ao voltar para rua — sugere Adalberto Rubin, chefe do Serviço de Pneumologia da Santa Casa de Porto Alegre.
Na hora de dormir, aposte em um ambiente aconchegante. Aparelhos de ar-condicionado e estufas podem ajudar a esquentar o quarto, bem como lençóis-térmicos. Estes últimos só devem ser usados para aquecer a cama, sendo contraindicado dormir com eles ligados. Já o ar deve ficar em 24°C.