O verão de 2021 será marcado pelo clássico calorão no Rio Grande do Sul, com o retorno da chuva para janeiro. Em entrevista ao Gaúcha Atualidade desta terça-feira (8), na Rádio Gaúcha, o meteorologista Marcelo Schneider, coordenador do 7º Distrito de Meteorologia do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), afirmou que, ainda que os períodos de maior precipitação na região norte do RS ocorram, isso não será suficiente para reverter o quadro de estiagem.
— O verão (no RS) costuma ter falta de chuva ou precipitação abaixo da média na Fronteira Oeste, nas cidades de Alegrete, Bagé, na região das Missões também. É o cenário mais perigoso para os próximos meses.
Normalmente, uma das preocupações quanto ao clima no Estado durante o verão é a estiagem e o período de seca, característicos do La Niña — que figura os resfriamentos das águas do Oceano Pacífico na faixa central, próximo à linha do Equador. Nesta primavera, as temperaturas por lá ficaram em -1,5ºC abaixo da média.
No entanto, o auge do La Niña costuma ser nos meses de primavera no RS — e praticamente não houve chuva durante os meses de setembro e outubro. Por isso, o meteorologista afirma que há tendência de que o fenômeno perca intensidade a partir das próximas semanas, trazendo aumento da precipitação de chuva na metade Norte do Estado. O auge será em janeiro.
Mas atenção: as chuvas serão "desregulares" e, segundo o meteorologista, não bastarão para reverter a seca e a estiagem características do verão no Estado.
— Projetamos que o La Niña começa a perder intensidade nas próximas semanas. A tendência é a diminuição do fenômeno e o aumento da precipitação na maior parte do RS. Se isso não reverter a falta de chuva, ao menos trará um alívio, com aumento de chuva entre dezembro e janeiro — disse Schneider.