Uma servidora da Colégio Técnico Industrial da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) lançou um projeto que utiliza resíduos plásticos para a construção de casas para os cachorros que vivem no campus da instituição em Camobi. O Pet Pra Pet tem página no Instagram e as primeiras doações já começaram a acontecer.
Conforme a idealizadora do projeto, Luana Palma, foi durante uma oficina do grupo Precious Plastic SM que percebeu a possibilidade. Luana, que faz parte da Comissão de Resíduos do Ctism, lembrou do Projeto Zelo da UFSM, que atende os animais que são abandonados no campus.
Segundo Luana, já houve um projeto anterior para a construção de casinhas no local. Porém, a matéria-prima — caixas de leite — acabava se desmanchando. Com isso, não foi adiante.
A nova ideia é usar a garrafas pet, que é mais duradoura. É possível fazer blocos ecológicos com os diferentes tamanhos de garrafa, sendo ideal a de dois litros. Elas precisam ser bem preenchidas com plástico, para que tenham peso suficiente para sustentar a construção.
A largada da campanha veio dentro da oficina que Luana fez. Segundo uma das integrantes da Precious Plastic SM, Bibiana Ennes Pozzebon, o grupo realiza diversas ações para divulgar meios para o uso consciente, o reuso e a reciclagem do plástico, e esta, que precisou ser online por conta das medidas de distanciamento, foi uma das que mais trouxe retorno.
Entre as atividades sugeridas, estão o derretimento caseiro do plástico, para outros fins, modelagem do material e a criação dos ecoblocos. Bibiana explica que o ideal é colocar dentro da garrafa, principalmente, os menores pedaços de plástico — como lacres e adesivos — pois são os que mais colocam em risco a vida marinha, já que os animais os confundem com alimento. Também é possível usar plásticos maiores para acelerar a formação do bloco. O importante é compactar bem o material, para que ele esteja pesado e firme, dando a sustentação necessária para a construção.
A tarefa final do curso que Luana fez era criar um projeto sustentável, e esse foi muito bem aceito pelo grupo. Ela teve auxílio, inclusive, no contato com outras empresas voltadas ao tema e também na criação da identidade visual da campanha.
Quem quiser participar, pode ajudar fazendo os ecoblocos, juntando os materiais, se oferecendo como ponto de coleta ou mesmo repassando a ideia. Depois que a UFSM retomar as atividades presenciais, outros materiais para a construção das casinhas, como madeira e tela de galinheiro, também serão recebidos.