Diante da reclamação sobre a falta de água que afeta a população de Gramado, na serra gaúcha, a Corsan está elaborando um plano de ação para resolver o problema de forma permanente. Segundo o diretor de Operações da estatal, André Finamor, o projeto será apresentado em janeiro e, quando implementado, garantirá o abastecimento do município por, pelo menos, 10 anos.
— Nosso plano é que, dentro de oito ou 10 meses, no máximo em dezembro do ano que vem, as obras estejam concluídas. Vamos aumentar a reservação e a produção de água bruta e de água tratada — afirmou Finamor, em entrevista ao programa Gaúcha +, da Rádio Gaúcha, nesta terça-feira (31).
Finamor explicou que a água que chega a Gramado é proveniente de São Francisco de Paula e tratada em Canela. Com a crise de abastecimento na cidade, 14 caminhões-pipa transportam água de Igrejinha e Três Coroas até o município da Serra.
O diretor da Corsan relatou ainda que diversos mananciais gaúchos estão em níveis baixos pela falta de chuvas, o que deixa em alerta cidades como Cachoeira do Sul e Santo Antônio da Patrulha.
Mais cedo, também ao Gaúcha +, o prefeito de Gramado, Fedoca Bertolucci (PDT) disse que a falta de água é frequente na cidade no período entre o Natal e o Ano-Novo. Neste ano, segundo ele, o desabastecimento começou em 20 de dezembro.
— É uma situação recorrente que nos torna um pouco impacientes e intolerantes. Todos os anos vivemos essa miséria humana — reclamou o prefeito.
Na segunda-feira (30), Fedoca notificou a Corsan sobre o problema e cogitou a possibilidade de adotar medidas judiciais para resolver o assunto.