Dezenas de pessoas participaram da 2ª Marcha Gaúcha pelo Clima na tarde deste domingo (29), em Porto Alegre. Os simpatizantes da causa ambiental se reuniram na Redenção. A atividade faz parte da Mobilização Global pelo Clima, que, entre os dias 20 e 27, reuniu mais de 7 milhões de pessoas em ações realizadas em cidades de 185 países.
O grupo se concentrou no entorno do Monumento ao Expedicionário e depois fez uma caminhada pelo parque. Carregando cartazes com dizeres como "Seja parte da solução, não da poluição" e "Não existe planeta B ", o grupo colocou em discussão as queimadas na Amazônia, as mudanças climáticas e a alteração das políticas públicas ambientais.
Também protestou contra a implementação da Mina Guaíba, maior mina de carvão do Brasil que deve ser construída entre entre os municípios de Eldorado do Sul e Charqueadas.
— Estamos fazendo essa marcha não só para alertar sobre as mudanças climáticas globais, mas também sobre algo específico do Estado, que é a exploração do carvão. Entendemos que hoje o projeto não está sendo colocado em discussão com a sociedade. O povo gaúcho precisa entender o que é esse projeto. A nossa missão é trazer a informação para as pessoas e discutir exaustivamente com a sociedade se isso é um projeto viável — salienta Renan Andrade, gestor ambiental e organizador da 350.org Brasil.
Ligia Miranda, fundadora e presidente da Todavida, evidencia a necessidade de convocar simpatizantes e ativistas ambientais, mas principalmente pessoas que não estão por dentro das mudanças climáticas. A servidora pública federal Jussinara Pilau, que costuma participar de movimentos a favor da preservação ambiental, também acredita que esse tipo de atividade é educativa.
— Perco energia vendo as notícias sobre o meio ambiente em casa e, quando me reúno com essas pessoas, é como se recuperasse essa energia. A união é o que pode nos sustentar — diz Jussinara.
Para a aposentada Maria Ribeiro, o principal debate é como minimizar as mudanças climáticas, já que elas estão cada vez mais visíveis e rápidas:
— Acho bem razoável que as pessoas se preocupem com as novas gerações e com o futuro do planeta para não chegar numa situação de repente irreversível.
Uma apresentação do coral Viva la Vida, do maestro Eduardo Alves, e uma grande aula de tai chi chuan fizeram parte do encontro.
Esta é a segunda edição da marcha — a primeira foi realizada em 2015. Com organização da ONG Todavida, que promove o desenvolvimento sustentável e a preservação do meio ambiente, e participação da 350.org Brasil, movimento que incentiva o uso de energias renováveis e livres, o evento reuniu jovens e adultos para chamar a atenção de políticos e empresas e informar a população.