O presidente Jair Bolsonaro criticou nesta quinta-feira (22) o presidente da França Emmanuel Macron, após ele convocar o G7 a discutir as queimadas na Amazônia durante encontro do grupo marcado para este final de semana. Macron anunciou também que destinará cerca de R$ 40 milhões para um programa de preservação da floresta.
No Twitter, Bolsonaro afirmou que Macron usa "tom sensacionalista" para buscar "ganhos políticos pessoais".
"Lamento que o presidente Macron busque instrumentalizar uma questão interna do Brasil e de outros países amazônicos p/ ganhos políticos pessoais. O tom sensacionalista com que se refere à Amazônia (apelando até p/ fotos falsas) não contribui em nada para a solução do problema."
Bolsonaro complementou a mensagem:
"O Governo brasileiro segue aberto ao diálogo, com base em dados objetivos e no respeito mútuo. A sugestão do presidente francês, de que assuntos amazônicos sejam discutidos no G7 sem a participação dos países da região, evoca mentalidade colonialista descabida no século XXI."
Mais cedo, nesta quinta, Macron afirmou que as queimadas na Amazônia geraram uma "crise internacional". Pelo Twitter, Macron afirmou que discutirá o caso no G7 (grupo que reúne Alemanha, Canadá, França, Estados Unidos, Itália, Japão e Reino Unido). "Membros do G7, vejo vocês em dois dias para falar sobre esta emergência", escreveu.
Além de chamar a atenção para um incêndio sem precedentes que devasta diferentes pontos da Amazônia há vários dias, o governo francês também anunciou que vai desembolsar 9 milhões de euros (R$ 40,5 milhões) em programa de preservação ambiental específico para a Amazônia.