Próximo a completar seis meses, a colisão entre um caminhão e uma van na BR-386, em Constantina, no Norte, que culminou na morte de sete pessoas, ainda não teve a investigação finalizada. Conforme a Polícia Civil, o atraso na entrega ocorre devido a espera pelo resultado do laudo toxicológico do motorista do caminhão por parte do Instituto-Geral de Perícias (IGP).
GZH entrou em contato com o IGP para entender o motivo da demora. Segundo o órgão, um dos dois equipamentos que analisa as amostras estragou e foi necessário a compra de uma peça nos Estados Unidos. Por conta disso, houve represamento dos pedidos de laudos.
Neste momento, o IGP informa que os equipamentos estão operando e que o laudo referente a este caso deve ser finalizado na próxima semana.
O caso está sob a responsabilidade do delegado Tiago Bittencourt, que assumiu a Delegacia de Polícia de Sarandi. Segundo ele, este é o único documento que falta para a conclusão do inquérito.
Outros laudos já foram entregues pelo IGP. O tacógrafo da van onde estavam as vítimas apontou que o veículo seguia a 60 km/h. Já a análise do tacógrafo do caminhão deu resultado inclusivo.
— Ainda estamos investigando. Assim que receber o laudo, vou rever o material e não descarto a possibilidade de chamar novamente o motorista para um novo interrogatório — revelou o delegado.
Relembre o caso
Na manhã do dia 4 de junho de 2022, a van com as sete pessoas saiu do município de Constantina em direção a Tenente Portela, onde os passageiros iriam realizar consultas médicas. Logo após deixarem a cidade, na BR-386, um caminhão que havia saído de Palmitinho invadiu a pista contrária e colidiu frontalmente contra o outro veículo.
Entre as vítimas, estava um bebê de dois meses. Testemunhas ouvidas pela polícia confirmaram que o condutor do caminhão tentou ultrapassar um carro e outros dois veículos de carga no momento da colisão.