Com a presença do comandante do Exército Brasileiro, foi liberado nesta quarta-feira (7) o trecho duplicado da BR-116 entre os quilômetros 340 e 330. Agora, o Exército trabalha na conclusão das obras de mais dois trechos ainda neste ano — a finalização do viaduto no quilômetro 320, em Barra do Ribeiro, e o trecho entre os quilômetros 340 e 351.
A cerimônia ocorreu no sentido do Sul-Norte da rodovia e foi dividida em etapas. De helicóptero, o comandante do Exército chegou ao local, na BR-116, e assistiu a uma demonstração de como as obras estavam ocorrendo na região. Depois disso, o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira realizou a liberação da pista, com o corte de uma fita simbólica.
— Mesmo em meio à pandemia, conseguimos manter os trabalhos e concluímos esta etapa dentro do planejamento. Apesar de ser um pequeno trecho, é de grande relevância para o Rio Grande do Sul e o restante do país — afirmou o comandante.
Os trabalhos são realizados pelo 1° Batalhão Ferroviário, com sede em Lages, Santa Catarina. Dentro do cronograma de duplicação da rodovia, o Exército é responsável pela construção de dois lotes. Com a entrega desta quarta-feira, já foram pavimentados 25 quilômetros, o que corresponde a mais da metade dos serviços da obra.
Conforme o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit), em âmbito geral, a duplicação da BR-116 atinge cerca de 62% de conclusão. A expectativa do órgão é entregar mais 15 quilômetros duplicados até o final do ano, em trechos que não estão sob responsabilidade do Exército. Até o momento, o Dnit não tem previsão de repassar aos militares mais lotes da rodovia.
— A parceria com o Exército é sempre bem-vinda, mas, atualmente, não deveremos ter mudanças no planejamento. As obras que são de responsabilidade do Exército tem benefício para toda a sociedade, o pagamento pelo serviço é revertido em treinamento e aquisição de novas tecnologias — avaliou o diretor do Dnit, general Antônio Santos Filho.
A duplicação da BR-116 teve início em 2012, três anos depois da assinatura dos contratos, e foi dividida em nove lotes. Prevista para ser concluída em 2014, a obra atualmente tem estimativa de finalização por parte do governo federal para maio de 2022 — oito anos após o planejamento inicial. Os custos previstos também aumentaram, saltando de R$ 868 milhões para R$ 1,77 bilhão.