A Justiça decretou a prisão preventiva do condutor do caminhão envolvido da discussão de trânsito que terminou com a morte do ex-rei momo de Porto Alegre, Otávio Frota Júnior, na terça (6), em São Leopoldo. A decisão é da juíza Jaqueline Hofler, da comarca de São Leopoldo, e foi divulgada na tarde desta quarta-feira. Ele havia sido detido no final da manhã de terça.
Conforme a magistrada, os fatos narrados "refogem de qualquer censo de civilidade do homem comum, especialmente para aquele que faz uso de seu instrumento de trabalho para agredir outrem".
A juíza Jaqueline Hofler frisou também que o condutor do caminhão "é motorista de profissional, devendo ter estrutura emocional e preparo específico para exercer dita atividade". Diante da decisão, o condutor do caminhão deverá seguir detido na penitenciária de Sapucaia do Sul pelo menos até a conclusão do inquérito policial.
A delegada responsável pela investigação, Isadora Galian, afirmou que solicitou a prisão preventiva do caminhoneiro. Conforme ela, o motorista do caminhão "não se apresentou espontaneamente, como era a suspeita inicial.
A delegada disse que, após o acidente, uma testemunha perseguiu o condutor do caminhão por cerca de cinco quilômetros, até que o motorista infrator parou e se apresentou à Polícia Rodoviária Federal.
O caso
A briga de trânsito que culminou na morte de Otávio Frota Júnior, de 46 anos, ocorreu na manhã de terça-feira na RS-240, em São Leopoldo. Frotinha, como era conhecido, atuava como motorista de aplicativo. Ele trafegava pela rodovia transportando uma passageira quando se envolveu em um acidente leve com um caminhão.
Após a batida, o caminhão ingressou em um retorno da rodovia e parou. Foi quando o motorista de aplicativo desembarcou do automóvel — um Toyota Etios — e, ainda em meio à discussão, se posicionou em frente ao veículo de carga. O outro motorista, então, arrancou com o caminhão. Frotinha teria se desequilibrado e acabou sendo atropelado, morrendo no local.