A situação das rodovias gaúchas piorou bastante em 2016 na comparação com o ano passado. O levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT) aponta que 37% dos trechos pesquisados no Estado estão ruins ou péssimos.
No ano passado, esse índice era de 24,4%. No total, foram avaliados 8,6 mil quilômetros de estradas federais e estaduais no Rio Grande do Sul.
O trecho que mais apresenta problemas no Estado é o mesmo de 2015: ele abrange a ERS-241, a ERS-640 e a BR-158, e liga São Vicente do Sul, na região Central, até Santana do Livramento, na Fronteira. O trecho é apontado como quinto pior do país.
O levantamento também mostra que os trechos de rodovias no Rio Grande do Sul classificados como regulares, bons e ótimos, caíram de 75% para 62%. São avaliados pela pesquisa a geometria das estradas, o pavimento e a sinalização.
A qualidade dos trechos considerados bons também diminuiu. Era de 23% em 2015 e agora está em 12%.
Em âmbito nacional, a Pesquisa CNT de Rodovias constatou que, dos 103.259 quilômetros analisados, 58,2% apresentam algum tipo de problema no estado geral. A CNT calcula que, para adequar a malha rodoviária brasileira - com obras de duplicação, construção, restauração e solução de pontos críticos - seriam necessários investimentos de R$ 292,54 bilhões.
De acordo com a CNT, a má qualidade do pavimento das rodovias (48,3%) é responsável por um aumento, em média, de 24% do custo operacional do transporte. Nos trechos onde o pavimento é considerado péssimo, esse acréscimo pode chegar a 91%.