Ao menos duas estações do trensurb, em Canoas e em São Leopoldo, amanheceram com manifestações nesta quinta-feira. Em protesto contra o que chamam de privatização do serviço e melhores condições de trabalho, funcionários da Trensurb liberaram por uma hora as catracas para que os usuários passem sem pagar.
De acordo com Clóvis Pinheiro, vice-presidente do Sindicato dos Metroviários do Rio Grande do Sul (Sindimetrô), o ato começou às 7h e se estendeu até as 8h. Além de funcionários, houve participação de representantes da Central Sindical Conlutas.
– Estamos em uma situação muito delicada, com efetivo extremamente reduzido – defendeu Pinheiro.
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Avaliada pelo governo federal como alternativa para tirar o metrô de Porto Alegre do papel, a concessão à iniciativa privada, com a inclusão da Trensurb no negócio, teria de superar entraves para fechar um modelo de operação que interessasse a investidores.
Em entrevista a Zero Hora, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que a concessão é a forma de viabilizar a obra no momento. Em 2013, quando a presidente Dilma Rousseff anunciou o metrô pela segunda vez em seu governo, o custo ficava em R$ 4,84 bilhões, sendo R$ 1,7 bilhão da União e R$ 1,08 bilhão do Piratini – ambos já não dispõem dos recursos, que teriam de ser atualizados.