A prefeitura de Santa Maria afirma que a linha de ônibus Tancredo Neves, conhecida como Corujão, não vai sair de circulação. No último sábado (9), o veículo que faz o percurso foi vandalizado durante uma briga generalizada dentro do coletivo.
A decisão foi tomada na manhã desta terça-feira (12) durante uma reunião que envolveu o sindicato que representa os trabalhadores, prefeitura, associação das empresas de ônibus e Brigada Militar (BM).
O sindicato apontou que é necessário garantir a segurança dos trabalhadores, razão pela qual era precisar retirar a linha de circulação. No entanto, o secretário de Controle e Mobilidade Urbana, Silvio Souza, explicou que “uma maioria não poderia ser prejudicada pela ação de uma minoria”.
“Existe uma questão social. Há pais, mães de família, trabalhadores que dependem dessa linha. Eles não poderiam ser prejudicados por conta da ação de delinquentes”, explica.
Convencido do argumento, o sindicato apontou que era necessário, então, viabilizar formas de garantir a segurança dos trabalhadores. Com isso, a Associação dos Transportadores Urbanos (ATU) de Santa Maria começou a trabalhar em uma readequação de horários.
Isso quer dizer que os ônibus vão circular com menor regularidade e, nesses horários, haverá monitoramento da polícia, que pretende identificar possíveis vândalos para coibir crimes.
Hoje, a linha Corujão, que faz o trajeto do Centro ao bairro Tancredo Neves, passando pelo bairro Santa Marta, transita entre 0h30 e 5h. O novo horário deve ser divulgado a partir de quinta-feira (14) para começar a funcionar, efetivamente, na sexta (16).
A briga
Segundo o gerente de tráfego, João Vicente, o prejuízo com o coletivo é de cerca de R$ 10 mil. A BM aponta que o cobrador e o motorista da linha foram ameaçados com revólveres. O ônibus foi apedrejado, teve seis janelas quebradas e ficou com o para-brisa destruído. A suspeita é de que a briga tenha acontecido por conta de uma rixa entre grupos rivais.
Ainda de acordo com João Vicente, funcionários não querem trabalhar na linha, já que as ameaças são constantes.