Passados quatro dias do acidente que matou uma criança de 11 anos e feriu gravemente a avó dela, na Avenida Azenha, em Porto Alegre, o motorista do caminhão de lixo que tombou e atingiu as duas pedestres ainda não foi ouvido pela polícia. A defesa de Claudiomiro Mayer de Souza, 36 anos, alegou "abalo psicológico" e pediu mais uma semana para que ele vá prestar depoimento.
Segundo o titular da Delegacia de Lesões Corporais de Trânsito de Porto Alegre, Gabriel Bicca, não há impedimento legal para esse pedido. Enquanto isso, ele ouve testemunhas que presenciaram o acidente na Avenida Azenha e aguarda o resultado dos exames periciais, que devem demorar, pelo menos, 30 dias.
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Bicca vai apurar se houve "imprudência, negligência ou imperícia por parte do motorista ou da empresa". A assessoria da Conesul, dona do caminhão e que presta serviços de coleta automatizada de lixo para a prefeitura de Porto Alegre, confirmou que Souza "está se recuperando do fato (choque)" e que, "por recomendações médicas, ainda deve ser poupado".
A investigação não localizou imagens que tenham flagrado o acidente. Uma análise preliminar no veículo comprovou que um dos pneus estava furado, mas ainda não foi possível determinar se esta foi a causa do acidente.
Sueli Oliveira da Rosa, 75 anos, segue internada na UTI do Hospital de Pronto Socorro (HPS) em estado grave, sem previsão de alta. A neta dela, Raissa Oliveira do Nascimento, morreu no local.