O Fiesta que se acidentou na madrugada deste sábado em Butiá transportava três amigas que haviam se divertido em uma festa no Pub Republika, no município da Região Carbonífera. Duas delas morreram no choque frontal contra um caminhão na altura do km 162,8 da BR-290.
A agente penitenciária Ligia Gabriela Padilha, 33 anos, que dirigia o carro, morreu no local. A policial civil Meri Dutra Sampaio, 40 anos, foi encaminhada ao Hospital de Butiá, mas não resistiu aos ferimentos. A terceira amiga, a enfermeira Cibele Teixeira do Amaral, 38 anos, que seguia no banco de trás do veículo, sobreviveu e foi transferida ao Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre, para o setor de traumatologia e seguia em estado regular no início da tarde deste domingo.
Depois da diversão em Butiá, o trio partiu em direção a São Jerônimo. Partes do trajeto e da festa foram documentadas no perfil do Facebook das vítimas. O trio sempre foi conhecido pela alegria, e a morte das duas servidoras públicas chocou os colegas da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) e da Delegacia de Polícia de São Jerônimo.
O titular da 17ª Região Policial, delegado Carlos Miguel Vaz Amodeo, estava abalado na manhã deste sábado. Ele conhecia a policial Meri, que descreveu como "muito motivada":
- A policial era lotada em São Jerônimo e havia se formado na Acadepol há aproximadamente três anos. Estava sempre alegre. Era uma boa policial, sempre pronta para participar das operações.
Meri era figura comum na imprensa local, servindo como fonte policial e prestando informações sobre as atividades da delegacia. Ela tinha duas filhas, uma de 19 anos, universitária, e outra de 14 anos, e era separada. Antes de entrar para a polícia, tinha atuado como conselheira tutelar.
O delegado criticou a situação da estrada onde ocorreu o acidente. Ele disse que há muitos acidentes na rodovia por causa do perigo de alguns trechos, causado por falta de iluminação e até de olhos-de-gato - os dispositivos que permitem ao motorista enxergar as divisórias da pista no escuro.
Ligia era agente penitenciária lotada na Penitenciária Estadual de Arroio dos Ratos, e os colegas a consideravam uma pessoa muito tranquila. Ela estava na Susepe desde 2011, e era filha de um servidor da superintendência aposentado.
Os corpos deverão ser encaminhados ao Departamento Médico Legal de Canoas.