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Ônibus tombou na saída de uma curva, diz polícia
Motorista presta depoimento e tacógrafo é apreendido
Ônibus da Unesul era novo e tinha capacidade para 49 passageiros
Em depoimento à polícia, o motorista Jeferson Padilha da Silva, 38 anos, garantiu que seguia dentro do limite previsto. O condutor contou ter perdido o controle do coletivo após a primeira de uma sequência de duas curvas, depois de ouvir o estalo do feixe de molas - peça do sistema de suspensão. Finalizado o depoimento à polícia, Silva foi liberado. Funcionário da Unesul há cerca de um mês, ele passou por teste de bafômetro, que não acusou o uso de bebidas alcoólicas.
No fim da tarde de ontem, ele foi atendido no Hospital Conceição, em Porto Alegre. Embora não tenha sofrido lesões externas - usava o cinto de segurança no momento do acidente -, estava urinando sangue e, por isso, teve de ser levado ao hospital. Entrevistada por Zero Hora, uma irmã do motorista afirmou que Silva estava muito abalado e não conseguia contar, mesmo aos familiares, detalhes sobre o ocorrido.
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Observações feitas no local em que o ônibus da Unesul tombou nesta terça-feira, matando seis pessoas e deixando outras dezenas feridas, indicam que o veículo estava a mais de 100 km/h. A marcação do tacógrafo seria muito superior à velocidade permitida na curva da ERS-030, rodovia que liga Gravataí a Glorinha, onde aconteceu o acidente, que é de no máximo 60 km/h.
- Vi que marcava mais de 100 km/h. Uma coisa é certa: estava muito acima da velocidade permitida - comentou o delegado Anderson Spier, responsável pelo caso.
O titular do Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), coronel Alberto Moreira, também acredita que o ônibus estava acelerado. Segundo um tenente, a velocidade estaria pouco abaixo dos 120 km/h, disse o comandante.
Relatos da cobradora do ônibus já davam conta que o ônibus trafegava em alta velocidade quando tombou na altura do km 22 da rodovia. A confirmação oficial da velocidade do coletivo ocorrerá somente depois que o tacógrafo for analisado por peritos. Essa análise pode durar entre dois e três meses, conforme o delegado.