"Estou passando mal, alguém me ajuda". Estas teriam sido as últimas palavras do motorista Marcos R. L. Machado, que dirigia o ônibus que se acidentou em Alfredo Wagner na manhã deste domingo, matando nove pessoas, como relata a passageira Maria Adriana Schwab.
Ela viajava para Florianópolis com o recém-marido Pedro Paulo Schwab para duas semanas de lua de mel e recorda que, alguns segundos antes da tragédia, o motorista teria batido na porta que separa a cabine dos passageiros, pedindo ajuda.
- Meu marido tinha acabado de ir ao banheiro e voltado ao lugar dele quando tudo aconteceu, estávamos ambos acordados na hora.
Maria se machucou no braço esquerdo e na perna direita e passou o dia no hospital Nossa Senhora das Graças em Bom Retiro. Após ser liberada, acompanhou outros parentes no IGP, para reconhecimento do marido. Ainda abalada com a morte de Pedro Paulo, ela acredita que poderia ter se machucado muito mais se não fosse por uma bolsa que levava no colo, que acabou amortecendo a colisão:
- Foi tudo muito rápido, só fui entender direito o que tinha acontecido mais tarde.
A Polícia Civil, que investiga o caso, afirmou nesta segunda-feira não ter nenhuma informação oficial sobre essa possibilidade, mas informa também que vai solicitar que o Instituto Geral de Perícias (IGP) verifique a hipótese.
Acidente na Grande Florianópolis
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