Após quebrar cinco costelas e perfurar o pulmão no acidente que matou nove pessoas neste domingo na Grande Florianópolis, a gerente comercial Ana Lúcia Ávila, de 48 anos, segue internada no Hospital Nossa Senhora dos Prazeres, no Centro de Lages. Filho de Ana Lúcia, Wagner de Almeida, de 24 anos conta que Ana Lúcia costuma viajar de Passo Fundo a Florianópolis todos os anos para passar as férias com parentes.
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Como ela não entrou em contato até cerca de 7h, ao terminar a viagem - ao contrário do que sempre faz -, Wagner tentou ligar para ela e, sem sucesso, buscou a Reunidas para obter mais informações.
- Dois ônibus saíram de Passo Fundo para fazer o mesmo trecho, praticamente no mesmo horário, então quando se soube do acidente, foi um caos porque os parentes de ambos os veículos entraram em desespero - relata.
Ela e mais dois dos feridos encaminhados ao local mantém estado clínico seguro, segundo o Diário Catarinense apurou com parentes e funcionários, mas não foram divulgadas previsões oficiais de alta até o momento.
A angústia, entretanto, poderia ter sido ainda maior. Segundo Wagner, seus avós viajariam junto com a filha Ana Lúcia para Florianópolis, mas mudaram de planos na última hora por não conseguirem passagem no mesmo horário que ela.
- Os três sempre viajam juntos para Floripa, e meus avós são pessoas idosas, é bem mais complicado. Não acho que eles teriam se saído bem de um acidente como esses - comenta.
:: Bagagem foi recuperada intacta
Ana Lúcia, que está sobre efeito de medicamentos e com ferimentos pelo corpo, não quis receber a reportagem no quarto de hospital. Ao filho, ela contou que não dormiu na viagem e que sentiu quando o ônibus começou a derrapar na pista. Como estava com o cinto de segurança, não foi arremessada como outros passageiros.
- A salvação dela foi o cinto de segurança. Teve gente que foi jogada para cima e para baixo enquanto o ônibus descia a ladeira, mas ela permaneceu presa ao assento - conta Wagner.
Após o ônibus parar, a mulher - ainda confusa e bastante ferida nas costelas -foi socorrida por moradores de região, que chegaram ao local com lanternas e ajudaram os primeiros passageiros a saíram do veículo.
Nesta segunda, Ana Lúcia recebeu intactas as duas bolsas que levava consigo na viagem. Equipes da Reunidas se responsabilizaram em coletar todo o material no local do acidente e identificar os proprietários.
O filho não sabe quando ela será liberada do hospital, mas espera que em até dois dias possa voltar para casa com a mãe.
Veja, em vídeo, como ficou o ônibus:
Veja imagens do acidente:
Veja no mapa o local do acidente: