A dona de casa Daiane Ramos de Souza havia terminado de almoçar quando o telefone tocou em sua casa no bairro Caveira, em Gravataí. Do outro lado da linha, a mãe, Lúcia Eliane Ramos de Souza, 48 anos, chorava e pedia socorro. Lúcia é uma das vítimas do acidente com o ônibus da Unesul em Glorinha.
Com o marido Diego ao volante do Clio da família, Daiane chegou em menos de 20 minutos ao local do tombamento do veículo.
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- Só tinha uma ambulância quando chegamos. Os próprios socorristas pediram que a gente ajudasse - conta a dona de casa.
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Daiane (E), ao lado da irmã. Ela resgatou sua mãe e a cobradora do ônibus. Foto: Omar Freitas
Lúcia viaja duas vezes por semana para Glorinha, onde participa de cultos evangélicos. Além da mãe de Daiane, o casal transportou a cobradora do ônibus, Tainá Cardoso. As duas estavam conscientes, mas Tainá reclamava de dores nas pernas. Ambas deram o mesmo relato: o motorista estava em alta velocidade.
A cobradora disse que o condutor do veículo quase perdeu o controle do coletivo momentos antes do acidente. Tainá pediu que ele reduzisse a velocidade, mas diz que não foi atendida.
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* Zero Hora