Trânsito não se resume a carros, caminhões, ônibus, motos e bicicletas. Todos condutores, assim como quem não dirige, são também pedestres. As condições das calçadas por onde transitam preocupam em Santa Maria.
A lei municipal de Santa Maria estabelece que as que são de propriedades privadas são de responsabilidade dos proprietários. A manutenção das calçadas públicas cabe à prefeitura, que também fiscaliza e cobra junto aos proprietários a conservação adequada dessas calçadas. O cuidado com elas, no entanto, parece não ser o ideal. Com isso, um pouco de desatenção ligada a pequenos desníveis é suficiente para causar quedas.
Para o aposentado Clóvis Franciscato, que decidiu refazer todo o calçamento da frente de casa, na rua Olavo Bilac, trata-se de uma questão de educação. Ele acredita que se cada um fizer sua parte a aparência das casas e as ruas ficam mais bonitas e melhores para caminhar. A decisão de reformar partiu da simples observação de que sua calçada destoava das demais por estar em mau estado de conservação.
Buracos, postes e cabos são obstáculos e se tornam riscos. A dificuldade é maior para quem precisa circular com carrinho de bebê pelas ruas e muito mais grave para cadeirantes. O vendedor Clébio da Silva vive nessa condição há 22 anos e enfrenta muitas dificuldades em toda a cidade. No centro, onde trabalha, não consegue acesso a lojas ou plataformas de ônibus. Em bairros afastados, encontra ruas sem calçadas. Ele acredita que o número de locais acessíveis para deficientes físicos aumentou nas últimas décadas, mas que a evolução é muito pequena perto do que seria o ideal.
A fiscalização
A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano afirma que 12 fiscais trabalham na área responsável pela fiscalização das calçadas. Em caso de irregularidade, eles notificam os responsáveis e, após o prazo de notificação sem conserto, a multa é de R$ 510. Na segunda reincidência é de R$ 2.550. Na terceira, de R$ 5.100. Denúncias de irregularidades devem ser feitas para o telefone 55 3821.7044.