O primeiro estágio de um foguete Falcon 9, da SpaceX, explodiu ao tentar pousar em uma balsa-drone no Oceano Atlântico. Pouco antes de completar a descida, o propulsor tombou, caindo no mar. O incidente ocorreu na noite da última terça-feira (27).
Trata-se da primeira vez, desde fevereiro de 2021, em que a empresa de Elon Musk falha na hora de recuperar um de seus propulsores reutilizáveis. A companhia é a única a usar propulsores de estágios de foguete que conseguem ser recuperados após o lançamento — evolução bastante importante no meio aeroespacial.
Apesar do ocorrido, o segundo estágio do foguete foi capaz de colocar em órbita um conjunto de 21 satélites da Starlink.
O incidente marca o fim de uma sequência de 267 pousos bem-sucedidos nesse sentido. O propulsor específico usado no momento da explosão estava em seu 23º lançamento.
Veja o momento da explosão
No X, antigo Twitter, a SpaceX publicou que "após uma subida bem-sucedida, o propulsor do primeiro estágio do Falcon 9 tombou após pousar na balsa-drone. As equipes estão acessando os dados e status do voo do propulsor".
Na transmissão ao vivo do lançamento, era possível observar a descida do propulsor e então o começo do incêndio. Pouco após, o foguete tombou, provocando uma explosão visível no vídeo.
Em seguida, a SpaceX optou por desistir momentaneamente do lançamento de uma outra missão da Starlink que decolaria mais tarde. A ideia era dar mais tempo à equipe para revisar os dados de pouso do propulsor usado no Falcon 9 anterior.
"Uma nova data para este lançamento será compartilhada assim que estiver disponível", publicou a empresa no X.
Até esse avanço no desenvolvimento de foguetes, voos espaciais eram significativamente mais caros. O barateamento do equipamento, que costumava ser usado apenas uma vez e então ser descartado, permite a evolução técnica e científica da viagem espacial.