Neste sábado (14), ocorre o chamado eclipse solar anular, um dos eventos astronômicos mais esperados do ano. O fenômeno acontece quando o Sol, a Lua e a Terra estão alinhados, e o satélite natural está entre a estrela e o planeta.
Os Estados onde a anularidade poderá ser vista serão: Rio Grande do Norte, Paraíba, Amazonas, Piauí, Pernambuco, Ceará, Alagoas e Tocantins. O horário de pico da anularidade será entre 15h52min e 16h48min (horário de Brasília). Os Estados do Sul verão um eclipse solar parcial, com pico em torno das 15h.
Só duas capitais poderão ver a anularidade: Natal (Rio Grande do Norte), onde o auge do eclipse deve ser às 15h45min, e João Pessoa (Paraíba), onde o auge vai acontecer um minuto depois, às 15h46min.
Alinhamento
O eclipse anular acontece quando a Lua passa entre a Terra e o Sol, cobrindo a maior parte do disco solar e deixando apenas um "anel de fogo" brilhante ao redor da borda.
A anularidade (formação de um "anel de fogo" ao redor da Lua) será visível em 10 países: Estados Unidos, México, Belize, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Costa Rica, Panamá, Colômbia e Brasil.
Em outras partes das Américas - do Alasca à Argentina - será possível ver um eclipse parcial. Daí o fenômeno ter ganho, nesta ocasião, referência às Américas em seu nome.
O eclipse anular ocorre quando a Lua está em seu apogeu (o ponto mais distante da Terra, em sua órbita). Nesse período, a Lua parece menor do que o Sol no céu. O último eclipse anular do Sol ocorreu em junho de 2021, mas não foi visível no Brasil. O próximo eclipse deste tipo será em 2 de outubro de 2024.
Como observar
Não se deve olhar diretamente para o Sol, nem mesmo com o uso de películas de raio x, óculos escuros ou outro material caseiro. A exposição ao Sol, mesmo durante poucos segundos, danifica a retina.
Existem duas formas de se observar o eclipse com segurança: direta ou indiretamente. A observação direta é aquela feita sem o uso de projeções, e pode ser feita com algum instrumento especialmente adaptado para esse fim. O ideal é que se use filtros para a observação, e é importante o uso de filtros adequados.
A melhor opção é o filtro de soldador número 14 ou maior (verifique se o modelo tem o certificado de qualidade ISO 12312-2). Mesmo assim, a observação não deve se estender por mais do que alguns segundos.
Observar o Sol com algum instrumento óptico, como binóculo ou telescópio, só é permitido sob orientação de astrônomos experientes e que saberão os filtros corretos a serem usados. Para a observação, não use nenhum instrumento que não tenha sido preparado por profissionais.
Já a observação indireta é aquela feita através de uma projeção, sem o auxílio de qualquer instrumento óptico.