A Comissão Europeia acusou nesta terça-feira (10) o X, ex-Twitter, de disseminação de informações falsas e mentiras sobre a guerra em Israel, deflagrada após os ataques do Hamas, no último sábado (7). O bilionário Elon Musk, que se tornou dono da plataforma no ano passado, negou as acusações.
"Após os ataques terroristas do Hamas contra Israel, nós temos indicações de que a sua plataforma está sendo utilizada para disseminar conteúdos ilegais e desinformação na União Europeia", afirma a carta, assinada pelo comissário Thierry Breton e endereçada a Musk.
A Comissão exige uma resposta em até 24 horas de Musk. Do contrário, diz Breton, a organização pode abrir uma investigação contra o X e, com isso, "penalidades serão impostas" sobre a Lei dos Mercados Digitais, peça regulatória de plataformas na internet e que entrou em vigor no bloco europeu neste ano.
"Portanto, eu convido você a urgentemente garantir que seus sistemas são efetivos e reportar à minha equipe as medidas tomadas", escreve a Comissão Europeia, em carta publicada na rede social.
Cerca de uma hora e meia depois, Elon Musk, também no X, respondeu: "Nossa política é que tudo seja de código aberto e transparente, uma abordagem que eu sei que a UE apoia. Por favor, liste as violações às quais você se refere em X, para que o público possa vê-las. Merci beaucoup", escreveu.
Breton, pouco depois, treplicou: "Vu, merci. Você está bem ciente das denúncias de seus usuários – e das autoridades - sobre conteúdo falso e glorificação da violência. Cabe a você demonstrar que está cumprindo o que diz. Minha equipe continua à sua disposição para garantir a conformidade com o DSA, que a UE continuará a aplicar com rigor."