Um veículo elétrico de pouso e decolagem vertical (eVTOL, na sigla em inglês) que chama atenção por ter o formato de um disco voador realizou seu primeiro voo de teste. O experimento foi realizado em 3 de junho, durante um evento promocional em Shenzhen, no sul da China., sob o comando de pesquisadores de duas universidades locais — Beigang University e Northwestern Polytechnical University.
Para o teste, o piloto decolou na aeronave elétrica num local com visão panorâmica dos arredores e depois pousou, em segurança, demonstrando o funcionamento da tecnologia .
O sucesso do experimento foi comemorado pela equipe, que vinha trabalhando com a aeronave, fabricada pela Shenzen UFO Flying Saucer Technology, havia três anos. Agora, o próximo passo será aprimorar a tecnologia para que ela possa ser usada para passeios e ações publicitárias.
Veja o vídeo:
O "disco voador"
De acordo com o noticiário local Shenzhen Pages, a aeronave, cuja cabine tem espaço apenas para o piloto, alcança 200 metros de altura e 50km/h de velocidade e tem capacidade para realizar voos de até 15 minutos. Além disso, o veículo elétrico é constituído por estruturas de dutos com seis orifícios, cada um com duas pás de hélice, totalizando 12.
Um dos diferenciais da tecnologia é seu design, que maximiza a estabilidade e a segurança com propulsão igualmente distribuída.
Ainda segundo o jornal local, o veículo tem capacidade de decolar e pousar tanto na água quanto na terra.
Além da Shenzen UFO Flying Saucer Technology, outras empresas chinesas tem desenvolvido eVTOLs, como a XPeng AeroHT, que fez a primeira demonstração de sua aeronave, chamada X2 — pode alcançar 130km/h e fazer voos de até 35 minutos — em outubro do ano passado e foi a primeira a obter certificação, no começo desse ano, de uma tecnologia desse tipo.
A Embraer também está desenvolvendo um eVTOL por meio de sua subsidiária, a Eve, segundo o G1. A previsão é de que o primeiro voo de teste da fabricante ocorra até 2024 e que a tecnologia esteja apta a receber certificação em 2026.
O interesse das empresas por este tipo de tecnologia se deve ao potencial de contribuição com a redução das emissões de dióxido de carbono, além da diminuição do tráfego em cidades movimentadas.