A primeira chuva de meteoros de 2023 está prevista para ocorrer no mês de abril. Ao total, seis eventos celestiais desse tipo estão previstos para acontecer nos próximos meses. Na madrugada do dia 23 de abril, ocorre o pico da chuva de meteoros Líridas, com aproximadamente 15 ou 20 meteoros por hora.
Mas, antes desse evento, outros fenômenos chamam atenção de quem gosta de observar o céu. No dia 11 de abril (terça-feira), o planeta Vênus deve encontrar o aglomerado de estrelas Plêiades. Será possível enxergar a beleza de Vênus a olho nu, mas quem estiver usando um binóculo também conseguirá ver a constelação de Touro à direita do planeta.
— Para mim, este é o destaque do mês. Plêiades é um conjunto estelar muito bonito, com estrelas muito brilhantes. Será possível visualizar essa conjunção depois do pôr do sol, mas, por volta das 19h, a visão vai estar mais interessante porque o céu estará mais escuro — ressalta o astrônomo coordenador de extensão do Observatório do Valongo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e sócio da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), Daniel Mello.
No dia 20 de abril (quinta-feira), ocorre um eclipse total que não poderá ser visto do Brasil. O fenômeno será visível apenas em algumas partes da Ásia e da Oceania. Para os brasileiros, haverá chances de apreciar um evento parecido no dia 14 de outubro, quando ocorre o eclipse solar anular.
Já na noite do dia 22 de abril (sábado) e madrugada do dia 23 (domingo), será possível ver a chuva de meteoros Líridas, com aproximadamente 15 ou 20 meteoros por hora. Para assistir ao espetáculo, é importante observar a direção Norte entre às 23h e 2h, que é quando o pico deve ser visível.
— Todas as chuvas de meteoros são visíveis a olho nu de qualquer parte do país. O que limita muito a observação é a poluição luminosa. Para aproveitar bem o evento, tem que sair dos grandes centros urbanos e procurar locais mais escuros. O clima também tem que colaborar — explica o astrônomo fundador do Observatório Astronômico Rei do Universo (Oaru), em Manaus, Geovandro Hércules de Souza Nobre.