A água-viva "imortal" — animal marinho com poder de regeneração — teve sua genética parcialmente desvendada por cientistas que estudam a espécie. O objetivo é descobrir o segredo da longevidade da criatura. O estudo foi publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences, na segunda-feira (29).
Foi descoberto que a espécie possui variações constantes em seu genoma, o que a torna capaz de copiar e refazer o próprio DNA. Além disso, a Turritopsis dohrnii (nome científico do animal em questão) mantem as extremidades dos cromossomos de forma mais eficaz, diferentemente de outros animais e dos humanos.
O intuito do estudo é compreender o que nessa espécie de água-viva a torna "imortal" em comparação a outros tipos do mesmo animal e ver o que é possível tirar disso para levar ao sonho da ciência humana: o rejuvenescimento.
A análise mapeou a sequência genética da Turritopsis dohrnii, a única espécie de água-viva que consegue voltar à vida por muitas vezes. Essa regeneração ocorre por meio de uma reprodução sexuada para, depois, tornar-se uma larva.
Esse tipo de água-viva passa por um ciclo de vida dividido em duas etapas. A primeira, vivendo no fundo do mar, enquanto está em processo de reprodução celular e prezando em permanecer sem escassez de alimentos. Depois disso, com as condições adequadas, o animal marinho se reproduz sexualmente.
Enquanto a maioria das águas-vivas perde a capacidade de reverter o envelhecimento por conta da maturidade sexual, a Turritopsis dohrnii consegue sobreviver se não tiver nenhum ferimento grave, como um ataque humano, por exemplo.