A famosa pandemia de 1918 pode ter deixado mais sequelas na humanidade. O H1N1 pode ter sido originado pelo vírus Influenza A, ou, como é popularmente conhecido, a gripe espanhola.
Estudo publicado na revista científica Nature Communications analisou materiais genéticos de vítimas da doença na época e, dessa forma, foi possível estimar o número de alterações genéticas que se acumularam ao longo do tempo. Um total de 13 amostras de pulmão, que estavam armazenadas em museus de Berlim, na Alemanha, e Viena, na Áustria, serviram como base para a equipe de especialistas mensurar a genética dos órgãos, que vieram de pessoas mortas de infecções pulmonares entre 1901 e 1931.
Entre as amostras, três eram de pessoas que morreram em 1918, ano em que a pandemia começou. Duas delas foram coletadas antes do ápice da disseminação da doença. As informações são do portal G1.
Os pesquisadores também compararam as duas amostras de vírus coletadas nos primeiros meses da pandemia de 1918 com dois vírus pandêmicos sequenciados anteriormente, que haviam atingido pessoas no final de 1918, momento em que a pandemia atingiu o seu pico de vítimas.
Os especialistas perceberam semelhanças entre os segmentos do material genético localizado nos exemplos estudados de 1918, com os que conhecemos atualmente. Apesar do esforço dos autores do estudo, alguns fatores desafiam a tarefa de relacionar as substâncias, como a ausência de amostras de anos próximos à pandemia.
O H1N1 também causou uma pandemia em 2009, a gripe suína. Atualmente, a doença é causada por um vírus diferente da influenza, a Coronaviridae.