A Nasa anunciou recentemente a criação de um novo algoritmo capaz de monitorar as chances de colisão de asteroides com a Terra. A tecnologia é uma atualização do sistema anterior, o Sentry I, que ficou em operação durante 20 anos e ajudou na identificação de 28 mil asteroides.
O Sentry II foi criado para colaborar com o número crescente de asteroides identificados - segundo a agência espacial norte-americana, cerca de três mil por ano. O sistema utiliza softwares aprimorados que calculam o risco de impacto dos corpos celestes. Além disso, o algoritmo consegue fazer cálculos com os asteroides descobertos anteriormente.
As informações são obtidas a partir de dados coletados por telescópios que analisam o céu noturno continuamente. Depois, as relativas aos objetos celestes de maior risco de colisão são enviados ao Centro Para Estudos de Objetos próximos à Terra (Cneos, em inglês). A partir disso, a Nasa consegue ordenar todas as possíveis chances de impactos, traçando as probabilidades.
Em geral, os asteroides seguem caminhos orbitais previsíveis ao redor do Sol. No entanto, devido à influência gravitacional da estrela e dos planetas, as trajetórias dos corpos celestes podem sofrer alterações. O sistema Sentry I já conseguia criar modelos de alta precisão dos efeitos das forças gravitacionais e permitia fazer previsões sobre o destino das rochas gigantes no futuro. No entanto, a tecnologia não incluía as forças não gravitacionais, como a energia vinda do calor da luz solar.
O sistema anterior também já apresentou falhas na previsão de impacto de asteroides extremamente próximos à Terra. Nesses casos, os astrônomos precisavam realizar cálculos manuais para evitar erros. Com o Sentry II, essas limitações não devem ocorrer mais.