Para aqueles que gostam de observar o céu, novembro tem sido um mês e tanto. Uma semana após o Rio Grande do Sul registrar a passagem do meteoro de maior duração de 2021, os gaúchos (nem todos, devido às condições do tempo) puderam conferir um dos eventos astronômicos que mais chamam a atenção: um eclipse lunar. O fenômeno aconteceu na madrugada de sexta-feira (19) e teve duração de três horas e 28 minutos, sendo o eclipse parcial mais longo em 580 anos.
O eclipse parcial começou por volta das 4h19min de Brasília e o auge ocorreu às 5h57min. De acordo com o professor Carlos Fernando Jung, diretor-científico da Brazilian Meteor Observation Network (Bramon) e proprietário do Observatório Espacial Heller & Jung, de Taquara, o fenômeno foi parcial, pois atingiu a cobertura da Lua em 97%.
— Existem vários tipos de eclipses lunares. Eclipse total acontece quando toda a Lua é encoberta pela sombra da Terra. Para que ocorra o eclipse total é necessário que a Lua esteja completamente posicionada na região da umbra — afirma Jung, e complementa:
– A região mais clara da Lua é chamada de "penumbra", e a parte mais escura é chamada de "umbra", parte que não recebe praticamente nenhuma luz. Eclipse parcial ocorre quando apenas uma parte da Lua é encoberta pela sombra. Eclipse penumbral ocorre quando a Lua é encoberta pela sombra da Terra um pouco mais fraca, estando na faixa da penumbra.
O fenômeno pôde ser visto em todo o Brasil, em especial na região Norte, com posição mais favorável, mas no Rio Grande do Sul também houve visibilidade, como em Porto Lucena, no Noroeste, e Pelotas, no Sul.
Segundo Jung, os eclipses lunares ocorrem quando a Lua, o Sol e a Terra se alinham, fazendo com que ocorra um bloqueio dos raios solares a superfície da Lua. O fenômeno acontece somente com a Lua Cheia.