O presidente da Samsung, Lee Kun-hee, morreu neste domingo (25), aos 78 anos. Em comunicado, a empresa de tecnologia informou que ele estava hospitalizado em Seul e que passou os últimos momentos ao lado dos familiares, incluindo seu filho Lee Jae-yong, que, com a doença do pai, lidera a corporação sul-coreana. A causa da morte não foi informada.
"Todos nós na Samsung vamos celebrar sua memória e somos gratos pela jornada que compartilhamos com ele", diz o texto.
Lee já havia sido hospitalizado em Seul em maio de 2014, quando sofreu um ataque cardíaco. Na década de 1990, o magnata se recuperou de um câncer pulmonar.
Nascido em 1942, ele ajudou a transformar a pequena empresa de seu pai, Lee Byung-chull, no maior conglomerado sul-coreano. Desde que assumiu a liderança da companhia, em 1987, acompanhou a transição da Samsung como fabricante de televisores rumo à maior produtora de smartphones e chips de memória.
Com isso, tornou-se o homem mais rico da Coreia do Sul, com fortuna estimada em US$ 20,7 bilhões, segundo a Bloomberg. As relações de Lee com o poder da Coreia do Sul transformaram a Samsung em uma das maiores impulsionadoras do desenvolvimento econômico do país asiático: sozinha, a empresa de tecnologia responde por 20% do capital na maior bolsa de valores sul-coreana.
O magnata também se envolveu em problemas com a Justiça, devido a pagamentos de propinas a ex-presidentes. Um deles, Lee Myung-bak, que governou a Coreia do Sul entre 2008 e 2013, foi condenado em 2018 a 15 anos de prisão por aceitar US$ 5,4 milhões de propinas da Samsung para conceder perdão ao chefe da empresa por sonegação de impostos.
Um dos filhos de Lee Kun-hee, Lee Jae-yong tomou o controle da empresa sem que o pai deixasse a presidência por causa da doença e também se envolveu em problemas na Justiça. O herdeiro foi condenado em 2017 a cinco anos de prisão por pagamento de propinas a outra ex-presidente, Park Geun-hye, que sofreu impeachment. Ele deixou a prisão no ano seguinte.