Está prevista para a madrugada da próxima quarta-feira (21) o pico da chuva de meteoros orionídeos, que ocorre na direção da constelação de Orion. No Brasil, a constelação é mais conhecida popularmente como as Três Marias — as estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, que formam o Cinturão de Orion.
O fenômeno ocorre sempre nesta época do ano e é provocado pela poeira deixada durante as passagens do cometa Halley. Ele já está ocorrendo desde 2 de outubro, com menor intensidade, e deve se estender até 7 de novembro. Mas o ápice ocorre entre 0h e 3h de quarta-feira (21). A estimativa é de que, durante o pico da atividade, seja possível ver até 15 meteoros por hora.
De acordo com o físico e astrônomo Luiz Augusto da Silva, coordenador do Núcleo de Astromídia da Rede Omega Centauri, a partir da meia-noite de terça (20) para quarta (21) é preciso olhar na direção Leste, próximo das Três Marias. Para se ter uma visão mais clara dos meteoros, também chamados de estrelas cadentes, é preciso uma noite de céu sem nuvens. De preferência, que o local escolhido para visualização seja escuro, distante da poluição luminosa das grandes cidades.
O físico Érico Kemper, professor do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), alerta que já é possível ver os meteoros na madrugada desta terça (20), devido ao céu aberto e ao ar seco sobre toda a região. Na quarta, talvez, o céu não esteja tão limpo como nesta próxima madrugada.
O número de meteoros por hora ajuda a classificar a intensidade do fenômeno. No caso da chuva de orionídeos, a classificação é considerada moderada. Há chuvas de meteoros que chegam a 60 objetos por hora.