Pela primeira vez, o satélite de pesquisa Transiting Exoplanet Survey (Tess), da Nasa, capturou o momento em que uma estrela é "engolida" por um buraco negro supermassivo. Em um estudo publicado pela revista "The Astrophysical Journal" nesta quinta-feira (26), cientistas defendem que a descoberta é um marco para se saber mais sobre o fenômeno.
A interação, que recebeu o nome de ASASSN-19bt, emitiu uma luz forte a ponto de ser identificada pelo Tess. Em uma destruição como essa, explicam os cientistas, parte do material da estrela que é "sugado" pelo buraco negro emite um disco de gás quente e brilhante.
— Os dados do Tess nos permitem ver exatamente quando esse evento destrutivo começou a ficar mais brilhante, o que nunca fomos capazes de fazer antes — disse Thomas Holoien, membro do Carnegie Observatories, em Pasadena, Califórnia. — Como identificamos a interrupção das marés rapidamente, conseguimos desencadear observações de acompanhamento em vários comprimentos de onda nos primeiros dias. Os dados iniciais serão incrivelmente úteis para modelar a física dessas explosões.
Uma situação como essa ocorre quando as forças do buraco negro supermassivo dominam a gravidade do corpo celeste e o despedaçam. Segundo os pesquisadores, o satélite capturou a destruição de uma estrela por meio de efeitos gravitacionais — as chamadas "perturbações de maré", ou da sigla em inglês TDE.