Os youtubers que produzem vídeos contendo lutas entre robôs foram surpreendidos pela plataforma nesta semana ao terem diversos de seus materiais deletados do site. O motivo recebido pelos produtores de conteúdo é que surpreende: o YouTube alega que as exclusões foram feitas por as imagens exibirem "sofrimento animal", violando, assim, uma das diretrizes do site. As informações são do jornal The Independent.
O produtor de conteúdo e entusiasta de robôs Anthony Murney foi um dos primeiros a detectar o problema, afirmando que o erro se deve a um novo algorítimo do YouTube, programado para detectar abuso de animais.
"Há um novo algoritmo que está tentando derrubar vídeos de combate de robôs. É uma vergonha. Queremos chamar a atenção do YouTube para impedir isso porque é ridículo", disse em vídeo publicado na segunda-feira (19).
Outros produtores de conteúdo semelhante também reclamaram sobre o ocorrido. Os canais que postavam vídeos de combate robótico viram seu conteúdo ser removido e receberam um aviso do YouTube explicando que os vídeos violavam as diretrizes da comunidade.
— Algo deu errado, basicamente, com o algoritmo do YouTube, por meio do qual ele pensa, por alguma razão estranha, que o combate de robôs está, de alguma forma, mostrando crueldade contra animais ou algo parecido — disse o youtuber do canal World of Woodrow.
As mensagens de alerta recebida pelas pessoas que tiveram seus conteúdos removidos apresentam o mesmo trecho, que diz que "o conteúdo que exibe a imposição deliberada de sofrimento animal ou a forçabilidade de animais para lutar não é permitido no YouTube" e que "exemplos incluem, mas não estão limitados a, brigas de cachorros e brigas de galos."
Ao jornal The Independent, um porta-voz do YouTube declarou que não há uma política do site que proíba a exibição de lutas entre robôs e que os vídeos foram removidos por engano.
— Com o enorme volume de vídeos em nosso site, às vezes fazemos a ligação errada. Quando percebemos que um vídeo foi removido por engano, agimos rapidamente para restabelecê-lo. Também oferecemos aos remetentes a capacidade de apelar de remoções e revisaremos o conteúdo novamente — explicou o porta-voz.