O Escritório Federal de Concorrência da Alemanha anunciou nesta quinta-feira (7) novos limites impostos à forma como o Facebook coleta dados de suas subsidiárias WhatsApp e Instagram, assim como de sites que incorporam funções do Facebook como a opção "curtir".
— No futuro, o Facebook não estará autorizado a forçar os usuários a aceitar a coleta praticamente ilimitada de seus dados por meio de outros aplicativos — resumiu o diretor do Bundeskartellamt, Andreas Mundt, antes de insistir na necessidade de "consentimento" para qualquer tipo de coleta de dados.
WhatsApp e Instagram, dois aplicativos do grupo americano, poderão prosseguir com a própria coleta de dados. Mas o Facebook só poderá combiná-los com os dados de seus usuários em caso de "consentimento explícito", afirma o organismo em sua decisão. Rumores dão conta de que Mark Zuckerberg planeja integrar o WhatsApp com o Facebook Messenger e com as mensagens diretas do Instagram. O plano estaria em estágio inicial e com previsão de conclusão para o final deste ano ou início de 2020.
— O objetivo é impedir a fusão de todas as informações que o Facebook coleta sobre nós e, de forma mais geral, obrigar os gigantes da tecnologia a adaptar seu modelo econômico ao direito de concorrência — explicou Mundt.
Concretamente, o Facebook terá de submeter "dentro de quatro meses" uma alteração de suas condições de uso ao Bundeskartellamt, que depois deverá aprovar a mudança.
A rede social americana, que completou 15 anos na segunda-feira (4), teve em 2018 um ano marcado por diversas polêmicas, acusada de ter servido de plataforma para a manipulação política ou de não ter protegido corretamente os dados pessoais de seus usuários.