Pela primeira vez na história, astrônomos testemunharam a concentração de 14 galáxias prestes a se fundir, em processo que pode resultar em uma megafusão. Em estudo publicado na revista Nature nessa quarta-feira (25), os cientistas afirmam que esse novo sistema está localizado a 12,4 bilhões de anos-luz de distância da Terra e deve se tornar um dos elementos mais massivos do universo moderno, sendo 10 trilhões de vezes superior ao tamanho do Sol.
Os pesquisadores chegaram à tal conclusão devido à alta massa presente em um espaço confinado, além da elevada taxa de formação de estrelas. As informações são do site Science Daily.
Como a montagem de galáxias ficou tão grande tão rapidamente "é um mistério", diz o autor do estudo, Scott Chapman, professor de astrofísica da Dalhousie University, em Halifax, no Canadá. Alguns sistemas envolvidos estão formando estrelas até mil vezes mais rápido do que a Via Láctea.
— Não foi construído gradualmente ao longo de bilhões de anos, como você poderia esperar — afirmou o cientista.
Conhecidas como "protoclusters", as aglomerações de galáxias devem se transformar em um gigante e elíptico sistema rodeado de anéis de luz, estrelas e poeira, projeta a equipe de pesquisadores.
Esse protocluster é considerado um precursor dos aglomerados de galáxias maiores e mais maduros vistos no universo moderno, e se configura como um promissor campo de testes para aprender mais sobre como os sistemas atuais se formaram e evoluíram.
A observação da concentração das 14 galáxias foi possível graças à utilização do radiotelescópio Alma (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array). Localizado no deserto do Atacama, no Chile, o instrumento é atualmente o maior exemplar do mundo.