Considerado uma das mentes mais brilhantes do mundo, o físico Stephen Hawking captava a atenção de milhares de fãs a cada manifestação realizada. Nos últimos anos, dois postulados, em especial, sobressaíram-se: a necessidade de procurarmos outro planeta para viver e os riscos que a Inteligência Artificial (IA) pode causar.
Os seres humanos, segundo Hawking, não sobreviverão mais do que mil anos na Terra, e essa constatação era motivo mais do que suficiente para que se investisse em exploração espacial com o objetivo de encontrar outros locais para vivermos. Nos últimos dois anos, o físico repetiu em eventos o alerta:
— Estamos ficando sem espaço, nem recursos. Temos de deixar a Terra.
Hawking, inclusive, participava de um projeto que tentava chegar a um planeta similar ao nosso, localizado na estrela Alfa Centauri B. Tal objetivo, no entanto, só será alcançável se for desenvolvida uma tecnologia para aumentar a velocidade das viagens espaciais, para cobrir distâncias longas no espaço.
Sobre a inteligência artificial, o físico afirmava que ela transformará todos os aspectos das nossas vidas, mas destacava as incertezas quanto aos benefícios ou malefícios do avanço.
— Há o potencial de este ser o principal risco para a humanidade, como as armas automáticas. Também pode criar disrupção na economia — disse Hawking em videoconferência realizada em 2017.
Apesar de reticente, o estudioso afirmava a necessidade de maximizar o sucesso da inteligência artificial na sociedade.
Aos 76 anos, Stephen Hawking morreu nesta quarta-feira (13) em sua casa, em Cambridge, na Inglaterra. Autor de 14 livros, o físico britânico era conhecido por seu trabalho inovador sobre buracos negros e relatividade.