O Twitter anunciou nesta segunda-feira (18) que começou a aplicar novas regras para filtrar conteúdos "de ódio" e "abusivo" na rede social, incluindo mensagens que promovam ou façam apologia da violência.
Há algum tempo a plataforma enfrenta críticas sobre sua forma de lidar com usuários, grupos e conteúdos que promovem o ódio na rede, o que a levou a eliminar o símbolo azul de verificação das contas de conhecidos nacionalistas americanos brancos no mês passado.
"As ameaças específicas de violência e desejos de dano físico grave, morte, ou doença, a um indivíduo, ou grupo de pessoas, viola nossas políticas", estabelecem as novas regras. Também será proibido qualquer conteúdo que "glorifique a violência, ou aqueles que executarem um ato violento", assim como "imagens de ódio", incluindo logotipos e símbolos associados com "hostilidade e maldade" com grupos específicos.
O Twitter também informou que suspenderá "as contas que se afiliarem a organizações que usem, ou promovam, a violência contra civis para visibilizar suas causas".
Mas a rede social esclareceu que não bloqueará as contas de entidades militares e do governo, e que considerará abrir exceções "para os grupos que atualmente estão participando (ou se comprometeram) com uma resolução pacífica".
As políticas de uso foram alvo de críticas no mês passado, quando a rede não tomou nenhuma medida após um dos tuítes do presidente Donald Trump parecer uma ameaça de violência com a Coreia do Norte.
O Twitter respondeu com a promessa de revisar sua política enquanto assinalava que deve-se levar em conta a "notoriedade" e o interesse público no momento de decidir se apaga um tuíte.
A nova norma marca o mais recente esforço das redes sociais para eliminar conteúdo que promova atividades ilegais e abusivas, tentando permanecer aberta à dissidência e a temas polêmicos. Uma conta que já não está visível no Twitter é a da líder da organização britânica de ultradireita Britain First, Jayda Fransen, cujas mensagens anti-Islã foram retuitadas por Trump; assim como a de outro líder do grupo, Paul Golding.
O Twitter não quis fazer comentários sobre nenhuma conta em particular e não deu informações imediatas sobre o número de usuários atingidos pela nova disposição, assinalou uma porta-voz.
* AFP