Mulheres correndo e homens cortando o cabelo: a nova atualização de software da Apple, o iOS 10, disponível para os usuários nesta quinta-feira, traz emojis com maior representatividade de gênero nas atividades do cotidiano.
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A grande novidade é que quase todos os símbolos masculinos ganham uma versão feminina. Agora, é possível enviar imagens pelas redes sociais de mulheres atletas, mulheres policiais e mulheres detetives. E os emojis que tinham apenas versões femininas, como o do corte de cabelo e o da tiara com orelhas de coelho, agora têm equivalentes masculinos. As famílias agora têm também maior diversidade no catálogo, com uma atualização com pais e mães solteiros.
A bandeira do arco-irís também foi adicionada, já a imagem de uma arma de fogo foi retirada, dando lugar a uma pistola d'água verde de plástico. Segundo a emojipedia, um catálogo de emojis, os desenhos dos símbolos também ganharam uma repaginada e agora têm mais detalhes.
Na internet, onde o humor permeia as relações, emojis e emoticons ganharam status de estrelas pop. Essas imagens dão mais contexto e expressam sentimentos em meios mais frios, como na troca de mensagens de texto ou de WhatsApp. Mandar aquele coração no final da frase dá um outro sentido, não é mesmo? E por serem tão presente na rotina das pessoas no mundo inteiro, a representatividade é essencial. Em reportagem de ZH, de 2015, Adriana Amaral, pesquisadora de cultura digital explicou as mudanças mais inclusivas desses símbolos tão amados pelas pessoas:
– São produtos de entretenimento e se tornaram personagens, como Mickey ou Star Wars. As pessoas querem colecionar as coisas relacionadas ao cotidiano, como esses ícones. Não só os emojis, mas a sociedade está se dando conta de que precisa ser mais inclusiva. As pessoas querem se ver representadas nesses ícones, assim como na cultura pop e nos seriados – diz.
Em 2015, novas configurações de famílias já estavam disponíveis nos teclados dos sistemas iOS. Em abril do ano passado, a Apple disponibilizou a opção com diferentes cores de pele.
Quem codifica e aprova cada símbolo é uma organização sem fins lucrativos na Califórnia, a Unicode Consortium. Graças à unificação empreendida pela ONG e adotada pelos principais gigantes da tecnologia, um smartphone com sistema Android recebe o mesmo símbolo, ainda que com um design diferente, que alguém com um iPhone enviou. Algumas plataformas, porém, ainda não têm suporte para os novos emojis. Por isso, as novas versões femininas, por exemplo, podem aparecer ainda em suas antigas versões masculinas.
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