Vacinas, manipulação de DNA, quimio e radioterapia e até objetos familiares ao nosso dia a dia como micro-ondas, panelas antiaderentes e Wi-Fi. Nada disso seria possível não fosse a dedicação e trabalho de pesquisadores. Pesquisa científica é a aplicação prática de um conjunto de processos metódicos de investigação utilizados para o desenvolvimento de um estudo ou resolução de um problema visando sempre o benefício da ciência. Ainda na época da escola os alunos são instigados a pesquisarem sobre questões básicas como “de onde vem a neve” ou “como funciona o sistema solar”, informações que, hoje, estão ao alcance de todos a poucos cliques de distância. Não podemos esquecer que essas conclusões foram inicialmente fruto de pesquisas científicas, realizadas em instituições e universidades por pesquisadores e alunos de mestrado ou doutorado.
Com sete escolas voltadas a diversas áreas do conhecimento, a PUCRS oferece uma infraestrutura completa para quem quer seguir a carreira acadêmica ou científica. O mestrado, além de ser o foco de quem almeja uma experiência na docência, também aprofunda conhecimentos em uma determinada área. Assim como o doutorado, busca soluções inovadoras para desafios por meio de uma pesquisa mais completa, o que hoje é um diferencial importante no mercado de trabalho.
O professor Rodrigo Grassi-Oliveira tem ligação com três áreas da pós-graduação na PUCRS: medicina, pediatria e neurociência. Para ele, o papel do orientador pode ser comparado ao de um líder de uma equipe esportiva:
— Atuamos como um time atrás de um objetivo. Cada “jogador”, além de estar trabalhando na pesquisa e estar atrás da sua formação acadêmica, também lida com suas questões pessoais e faz parte da função do orientador ter a sensibilidade de entender e abordar esses assuntos para que eles não impeçam a equipe de seguir em frente, acompanhando as etapas da pesquisa e chegar à conclusão dentro do período estipulado.
Graduado em Fisioterapia, Rodrigo Orso é um dos orientandos de Grassi-Oliveira. Decidiu fazer doutorado porque durante a graduação participou do programa Ciência sem Fronteiras e realizou um ano da graduação na Universidade de Toronto:
— Durante este período trabalhei em um laboratório de pesquisa e fiquei fascinado com a possibilidade de descobertas e avanço da ciência que a carreira acadêmica possibilita ao pesquisador. Quando voltei para o Brasil conheci o grupo do professor Rodrigo Grassi de Oliveira, no qual trabalhei como assistente de pesquisa por dois anos. Após o término da graduação foi uma trajetória natural ingressar no doutorado no grupo dele.
O principal objetivo do projeto de pesquisa liderado pela dupla é investigar o impacto que ambientes adversos no início da vida exercem no desempenho cognitivo, ou seja: como traumas vividos na infância podem afetar o desenvolvimento na fase adulta, não apenas psicologicamente, mas neurologicamente. O trabalho é realizado no Instituto do Cérebro do RS, empreendimento da Universidade que busca associar tecnologia de ponta e pesquisa aplicada em benefício do paciente, além de prestar serviços de diagnóstico de imagem de alta qualidade.
Tecnologia de busca e criação de imagens vem sendo desenvolvida na Universidade
Até pouco tempo atrás considerada temática de ficção científica, a Inteligência Artificial (IA) vem se popularizando e, aos poucos, chegando ao dia a dia de todos. Uma criação que se utiliza dessa tecnologia está sendo desenvolvida no núcleo de pesquisa de Ciências da Computação. Imagine um sistema capaz de entender e selecionar imagens a partir de uma simples descrição, conforme explica uma das mentes por trás do projeto, o doutorando Jônatas Wehrmann:
— É quase como se houvesse uma pessoa olhando detalhes específicos em um mar de imagens. Trata-se de um sistema super-rápido de recuperação de dados, mas, ao contrário de um Google Images, por exemplo, não funciona por tags e sim com a IA. Esse avanço nos permite já até mesmo fazer com que o computador gere uma nova imagem, não existente, do zero. Ou seja, como se o computador pudesse desenhar. Algo que, no futuro, poderia resolver os problemas e disputas de copyrights, por exemplo.
Compromisso com desenvolvimento científico
A PUCRS conta com mais de 570 estruturas de pesquisa (entre grupos, núcleos, laboratórios, centros e institutos de pesquisa), que desenvolvem aproximadamente 2000 projetos de pesquisa, sendo mais de 170 deles com parcerias internacionais.
— Atualmente são 24 programas de pós-graduação, e ainda temos a iniciação científica, que, por si só, conta com cerca de 700 alunos bolsistas. Os estudantes de iniciação científica ainda estão na graduação e o objetivo de trazê-los mais cedo para esse universo é justamente a troca de experiências com pesquisadores da pós-graduação. É muito gratificante ver “nascer” novos cientistas aqui dentro — orgulha-se a professora Dra. Fernanda Morrone, diretora de pesquisa da PUCRS, que lembra que até alunos do ensino médio, de colégios públicos e privados, também são incentivados pela instituição a trabalharem suas pesquisas.
PUCRS tem melhor média nacional no quesito
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoas de Nível Superior (CAPES) avalia, de forma quadrienal, as instituições de pesquisa. A PUCRS alcançou a melhor média nacional entre as instituições de ensino superior (IES) públicas e privadas, com dez ou mais programas de pós-graduação (PPG). Dos 24 programas existentes na Universidade, sete tiveram crescimento nas notas e, ao todo, 11 têm agora nível de excelência internacional. A Avaliação da Capes, mostra a PUCRS com conceito médio 5,42 entre as IES com dez ou mais PPGs. O conceito máximo da Capes é 7, mas a partir da nota 6 os programas aferidos são considerados de excelência internacional. As inscrições para mestrado e doutorado estão abertas e os novos alunos podem contar com o crédito educativo para viabilizar o curso.