Laudo emitido por uma empresa especializada na sexta-feira (8) indica que pode voltar a ser ocupada parte do prédio do Centro Socioeducativo (CSE), localizado no bairro Cristal, na zona sul de Porto Alegre. A unidade da Fundação de Atendimento Sócio-Educativo (Fase) foi interditada no começo do mês de julho, por risco de desmoronamento e danos na estrutura. O local sofreu com a enchente histórica de maio.
O perigo foi identificado pela equipe técnica da Fase, que percebeu afundamento de solo em algumas alas e em partes do terreno.
O laudo atualizado aponta que toda a ala esquerda do prédio e a parte onde ocorre o Atendimento Especial (AE) podem ser novamente ocupadas por “não apresentarem risco de serem atingidas por movimentações de solo”. Ainda assim, a empresa responsável orienta acesso restrito a essas áreas até que seja construída uma estrutura de contenção. A ala direita e um anexo permanecem interditados, conforme o laudo.
A interdição do CSE implicou na redistribuição de 82 internos de quatro unidades da Fase em Porto Alegre. Só nessa sede, viviam 26 internos, além dos servidores. Ainda não há previsão de retorno para a sede.
Segundo a Fase, foram investidos R$ 97 mil para estudo dos danos. Ainda conforme a fundação, "o projeto de construção de um muro na encosta contará com aporte financeiro do governo do Estado" e a ação "já foi aprovada dentro do Plano Rio Grande."
O que diz a Fase
"No período das enchentes, técnicos da Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo (SSPS) detectaram riscos de deslizamento da encosta do Complexo da Fase na Vila Cruzeiro, em Porto Alegre – o que motivou a transferência de jovens para outras unidades. Devido a essa análise, a Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase) contratou uma empresa para realização de estudo e apresentação de solução para o problema, com um custo de R$ 97 mil, com recursos próprios da instituição.
A partir da emissão do laudo técnico, será possível retornar às rotinas em três alas da Comunidade Socioeducativa (CSE) e ao espaço destinado ao atendimento especial da unidade.
O projeto de construção de um muro na encosta contará com aporte financeiro do governo do Estado. A ação já foi aprovada dentro do Plano Rio Grande, para contratação e execução da solução que resultará do estudo em andamento.
Quanto ao cronograma de retorno dos jovens, por motivos de segurança, a Fase não pode detalhar."