Peritos criminais da Polícia Federal (PF) vão investigar as explosões na noite desta quarta-feira (13) com estratégia semelhante à reconstrução de cenário na identificação dos crimes de 8 de janeiro do ano passado.
Entre os primeiros procedimentos que os peritos da PF devem fazer no local, estão a identificação de todos os vestígios, além de uma identificação das imagens da área com ferramentas tecnológicas 3D a fim de compreender, em detalhes, a dinâmica do ataque.
Os peritos criminais da Polícia Federal atuarão nas investigações das explosões na Praça dos Três Poderes e no Anexo IV da Câmara dos Deputados. Profissionais do Instituto Nacional de Criminalística (INC), que são especialistas em perícias de locais de crime, bombas e explosivos, foram acionados logo depois da ocorrência. A PF abriu inquérito para investigar o caso.
Os vestígios coletados serão posteriormente analisados para identificar e confirmar o tipo de explosivo utilizado, a possível origem e outras evidências que possam indicar se a ação foi planejada e se teve participação individual ou em grupo.
Em uma postagem nas redes sociais, o ministro da Secretaria de Comunicação Social da presidência da República, Paulo Pimenta, disse ter certeza que a Polícia Federal irá esclarecer o caso. "Sabemos que ele (a pessoa que morreu em uma das explosões) esteve na Câmara, ainda não sabemos (amanhã com certeza) que gabinetes visitou. Quando e como veio de SC? Sozinho? Acompanhado? Alguém pagou? Onde estava hospedado? Os explosivos foram adquiridos onde? Com quem falou no telefone hoje? Essas e outras respostas a PF vai com certeza rapidinho nos responder", afirmou.
O que se sabe
As explosões ocorreram por volta das 19h30. Primeiro, foram detonados explosivos em um carro estacionado no Anexo IV da Câmara dos Deputados, próximo ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em seguida, houve explosão de artefatos em frente à sede do Supremo.
De acordo com boletim de ocorrência da Polícia Civil do Distrito Federal, o dono do carro é a mesma pessoa que morreu vítima da segunda explosão. Conforme informações do jornal O Globo, trata-se de Francisco Wanderley Luiz, que foi candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL) no município de Rio do Sul (SC), em 2020, mas não se elegeu.