Foram presos temporariamente, nesta terça-feira (2), o padrasto e a mãe de um menino que desapareceu, aos 4 anos de idade, em 2008, depois de ter sido, supostamente, assassinado em Rio Grande, no Sul do Estado.
O casal atualmente vive separado. O homem, de 49 anos, foi preso em Bagé, na Campanha, e a mulher, de 44 anos, em Arroio dos Ratos, na Região Carbonífera. Ambos foram encaminhados à Penitenciária Estadual de Rio Grande.
O caso não havia sido relatado às autoridades até 2022, quando começaram as investigações de um suposto desaparecimento. A identidade de quem contou o que ocorreu às autoridades é mantida sob sigilo. De acordo com a delegada, "a pessoa que denunciou ainda está com medo".
A delegada Alexandra Sosa, do Departamento Estadual de Proteção a Grupos Vulneráveis de Rio Grande, conta que, buscando em múltiplos órgãos públicos, não encontrou nenhum registro da criança, além de uma certidão de nascimento.
— Ele não existia em lugar nenhum. Nunca votou, nunca se alistou, não esteve em nenhuma rede de saúde pública. Não tinha CPF, nem RG, só certidão de nascimento. Então, a partir disso, foram feitas as prisões temporárias — relata.
A criança tinha um irmão mais velho, filho da mulher presa, que até hoje publica em redes sociais homenagens ao irmão e pedidos de ajuda em busca dele.
A polícia apurou que, após o ocorrido, os suspeitos fugiram para Charqueadas, à época do crime. As motivações do sumiço do menino até hoje não foram esclarecidas. Conforme a delegada, que coordenou a operação, denominada Indefensus, a Polícia já deu início às diligências para localizar o corpo da criança. As prisões temporárias dos suspeitos terão 30 dias de duração.
*Produção: Fernanda Axelrud