O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse neste domingo (18) que não há prazo para a captura dos presos que fugiram da penitenciária de segurança máxima de Mossoró. Segundo ele, 500 homens de diversas forças policiais estão empenhados na captura dos fugitivos.
Lewandoski foi até a cidade do Rio Grande do Norte para acompanhar as investigações e se reuniu com a governadora do Estado, Fátima Bezerra (PT). Em entrevista coletiva, ele afirmou que as falhas do presídio federal foram corrigidas e que a unidade voltou a ser segura.
— Enquanto nós estamos apurando, as correções estão sendo feitas. As possíveis falhas já estão corrigidas, de maneira que o presídio de Mossoró voltou a ser um presídio absolutamente seguro — declarou.
Ainda sobre as buscas, que já estão no quinto dia, o ministro afirmou que a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal estão empenhadas, além de outras polícias como as militares do Rio Grande do Norte e outros Estados. De acordo com Lewandowski, houve superação da "fragmentação federativa".
— É um momento histórico auspicioso, porque várias forças policiais se conjugam no esforço de sanar a situação, as fragilidades que foram encontradas no presídio, mas também a busca pelos foragidos — afirmou ele.
A operação conta com reforço de helicópteros, drones, cães farejadores e outros equipamentos tecnológicos sofisticados. Os homens fugiram do presídio federal na última quarta-feira (14).
Na coletiva, o ministro evitou falar em conivência de pessoas da administração pública com a fuga de dois detentos, diferentemente do que falou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mais cedo, neste domingo, o petista afirmou que, aparentemente, houve conivência na fuga dos criminosos.
— Em nosso regime democrático vigora a presunção de inocência. Portanto, enquanto as investigações não terminarem, seja a investigação que está sendo feita no âmbito administrativo, seja a investigação policial, não podemos afirmar que houve conivência de quem quer que seja. Mas, claro, todas as hipóteses estão sendo investigadas — disse o ministro.
Ainda neste domingo, o ministro disse que a fuga de dois detentos da penitenciária federal é pontual e não afeta a segurança do sistema:
— Não há fragilidades no nosso sistema penitenciário federal. Nós tivemos um caso pontual aqui na Penitenciária Federal de Mossoró, que não vai se repetir.