A Polícia Civil de São Paulo prendeu, na quarta-feira (28), o jornalista Marcelo Carrião por suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas em Santos (SP). A operação Domo de Ferro I, que busca interceptar o abastecimento de drogas na Baixada Santista, aponta o jornalista como um dos principais fornecedores de entorpecentes de um grupo de criminosos. Sete homens com idades entre 19 e 51 anos também foram detidos.
Junto aos outros suspeitos, Carrião, apelidado entre o grupo de "vovozinho", segundo a polícia, fornecia drogas que eram posteriormente vendidas por duas mulheres, de 19 e 23 anos, em uma espécie de delivery.
Os entorpecentes eram encomendados e entregues na casa dos usuários pelas criminosas, que foram presas no início do mês. O envolvimento do jornalista com o grupo teria sido descoberto por mensagens localizadas no celular de uma dessas pessoas.
Segundo Marcelo Cruz, advogado de defesa, Carrião não tem relação com nenhum dos presos da operação.
— Ele salienta, inclusive, que sequer conhece eles — diz.
A polícia apreendeu mais de 4 mil porções de drogas, como maconha, haxixe, skunk e LSD na casa de Carrião. Também foram localizados diversos celulares e uma pistola 9mm. O advogado afirma que as drogas eram para consumo próprio e que tentará em audiência de custódia, nesta quinta-feira (29), evitar que a prisão em flagrante seja convertida em prisão preventiva.
— Pela primariedade e bons antecedentes, iremos requerer a liberdade. A droga apreendida na residência dele era destinada a consumo próprio. A compra em quantidade acontecia para não ser visto com frequência em pontos de drogas já que é relativamente conhecido na Baixada Santista — afirma Cruz.