O Exército informou nesta quinta-feira (26) que prendeu 17 militares por suposta falha na fiscalização e controle de armas do Arsenal de Guerra de São Paulo. Segundo o Comando Militar do Sudeste, eles cumprem punição disciplinar de até 20 dias, que podem ser de prisão ou aquartelamento — quando o militar segue trabalhando, mas é impedido de deixar a instalação em que atua. A falta de 21 metralhadoras do arsenal foi percebida no dia 10, durante inspeção.
Outros seis militares são investigados como suspeitos de terem participado diretamente do furto das armas e tiveram a prisão preventiva solicitada à Justiça Militar. No entanto, ainda não há decisão sobre a detenção deles. Os procedimentos relativos ao caso correm em sigilo, determinado pelo juízo da 2ª Auditoria da 2ª CJM (Circunscrição Judiciária Militar).
Por conta do furto das armas e por ordem do comandante do Exército, general Tomás Paiva, o tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista foi exonerado do cargo de diretor do Arsenal de Guerra de São Paulo. O coronel Mário Victor Vargas Júnior foi nomeado para ocupar a posição.
Das 21 armas furtadas, 17 foram recuperadas até esta quinta-feira (26). No dia 19, a polícia do Rio de Janeiro encontrou oito metralhadoras na capital fluminense. Na madrugada do sábado (21), a Polícia Civil de São Paulo localizou outras nove armas. Quatro metralhadoras com poder antiaéreo, ou seja, que podem derrubar helicópteros, continuam desaparecidas.
De acordo com o secretário de Segurança Pública paulista, Guilherme Derrite, após o furto, o armamento foi negociado com duas facções criminosas, o Comando Vermelho e o PCC.