A Polícia Civil realizou nesta quarta-feira (6) a chamada "Operação Senhor das Armas" que é continuidade de outra realizada em agosto deste ano contra integrantes de facção suspeitos de ameaçar e extorquir comerciantes dos vales do Sinos e Paranhana. Até as 11h, um criminoso havia sido detido em flagrante. Além disso, foram apreendidas cinco armas, além de munição e outros materiais.
O trabalho foi coordenado pelo titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de São Leopoldo, delegado Ayrton Martins Figueiredo Júnior. Segundo ele, foram duas ações pontuais em Sapiranga e Parobé. Integrantes de uma quadrilha são investigados por comercializar armamento com um outro grupo criminoso.
Conforme a apuração, as armas e a munição eram revendidas aos investigados que cobravam por suposto serviço de segurança para mais de 30 vítimas identificadas. Todas elas comerciantes das duas regiões que eram ameaçadas para que pagassem mensalidades, caso contrário, estariam sujeitas a algum tipo de violência.
Figueiredo Júnior diz que, durante toda a apuração e com a realização de várias operações, já contabiliza 22 prisões preventivas. Se confirmada a participação do preso em flagrante nesta quarta, um novo pedido de preventiva deve ser feito ao Poder Judiciário.
— Este homem preso hoje (quarta), durante investigação do primeiro grupo, o das extorsões, é um dos investigados pela Draco que está tendo identificação por participar também de outro grupo, o que pratica a venda ilegal de armas de fogo e munição — explica o delegado.
Além deste investigado, outros quatro foram identificados por participar desta comercialização de armamento para a facção que estava extorquindo comerciantes. Somente na operação realizada em agosto contra o suposto serviço de segurança, quatro suspeitos foram presos em flagrante.
Na ocasião, mais de 120 agentes cumpriram, no Vale do Sinos, 26 ordens judiciais e a Justiça bloqueou R$ 3,9 milhões em bens adquiridos pelos criminosos. Um deles foi detido em um sítio de alto padrão em Novo Hamburgo. No local havia até um alçapão no quarto de uma criança que dava acesso a um compartimento que seria utilizado como esconderijo.