Entre as diversas frentes da investigação que apura o atentado contra o promotor Jair João Franz, 54 anos, de Teutônia, no Vale do Taquari, uma delas se debruça em analisar câmeras de segurança que registraram o crime. As imagens ainda são mantidas em sigilo.
Segundo o chefe da Polícia Civil no RS, delegado Fernando Sodré, as imagens mostram que o atirador estava sozinho. Ele ficou escondido em um mato, em frente à casa do promotor, antes de começar a disparar.
— Esse sujeito, pelo que demonstra nas imagens, tinha algum entendimento de arma de fogo, pela posição do corpo. Estamos agora trabalhando na melhoria dessas imagens para ajudar na identificação — afirma Sodré.
Conforme o delegado, em razão do trabalho pericial de melhoria das imagens, ainda não é possível ter detalhes das características do atirador. Ele aparenta ter cerca de 1,70 e ser branco.
Também está sendo analisado o relatório do cercamento eletrônico para identificar como esse homem chegou até lá e se atuou sozinho desde o início.
— Ele saiu do mato e voltou do mato. Só temos a imagem desse sujeito, mas não descartamos uma possível outra pessoa — concluiu o chefe de polícia.
A perícia concluiu que 15 disparos foram realizados pelo atirador e 11 acertaram o veículo. Um disparo atravessou o braço, atingindo também o abdômen do promotor. Ele passou a noite internado e recebeu alta na manhã desta sexta-feira.
Durante coletiva de imprensa, as autoridades presentes declararam que o atentado ao promotor é um ataque a sociedade, mas não revelaram possíveis motivações para o crime. Segundo as forças de segurança, nenhuma hipótese é descarta, seja pela atuação profissional ou outros motivos.
Confira nota do Ministério Público
"NOTA OFICIAL
O Ministério Público do Rio Grande do Sul vem a público informar que o promotor de Justiça Jair João Franz foi baleado na noite desta quinta, 17 de agosto, na cidade de Teutônia, no Vale do Taquari. No momento, ele está sendo atendido no hospital de Estrela. O MP ressalta que todos os órgãos de segurança pública do Estado estão mobilizados e acompanham o caso. Não há informações sobre a motivação do crime. O Ministério Público seguirá cobrando com veemência a resolução do fato e a responsabilização dos envolvidos."