Depois que a reportagem de GZH mostrou, na terça-feira (7), que 2.721 presos circulam pelo Rio Grande do Sul sem monitoramento por falta de tornozeleiras eletrônicas, o governo do Estado disse que trabalha para ampliar a disponibilidade dos equipamentos. No entanto, o Executivo estadual não deu prazo para isto.
Em nota enviada à reportagem, a Secretaria de Justiça e Sistemas Penal e Socioeducativo (SJSPS) e a Susepe disseram que agem "junto à empresa responsável pelo sistema para ampliar o número de equipamentos disponíveis para monitoração eletrônica, já que o contrato prevê a disponibilização de até 10 mil equipamentos”. Os órgãos ainda destacaram que atualmente, no sistema prisional gaúcho, há mais de 7 mil apenados monitorados com tornozeleiras eletrônicas.
Como GZH mostrou na terça, os 2,7 mil chamados “presos na nuvem” têm como única obrigação se apresentar de tempos em tempos na Divisão de Monitoramento Eletrônico da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), na zona leste de Porto Alegre, para ver se está disponível a tornozeleira eletrônica. Caso não façam isso, as varas de execuções criminais são informadas e eles passam a ser considerados foragidos.
GZH tenta contato com a empresa Geosatis, que fornece as tornozeleiras eletrônicas, para saber por quais motivos os equipamentos não estariam disponíveis.