O desaparecimento da advogada Alessandra Dellatorre, 29 anos, segue um mistério para autoridades, parentes e amigos. A moradora de São Leopoldo, no Vale do Sinos, foi vista pela última vez no dia 16 de julho, quando saiu a pé de sua casa, no bairro Cristo Rei. Equipes do Corpo de Bombeiros, Brigada Militar e Polícia Civil iniciaram no dia seguinte, mas foram suspensas três dias depois.
No início de agosto, agentes retornaram à região conhecida como Matão, no limite com Sapucaia do Sul, o último local em que câmeras de segurança registraram sua presença. Mas após dois dias, encerram novamente os trabalhos, que não foram retomados desde então.
— Percorremos todas as áreas possíveis da região, só não fomos onde é impossível de acessar — afirma o diretor do departamento de Homicídios da Região Metropolitana, Delegado Cassiano Cabral.
Apesar de não haver mais ações ostensivas, a polícia segue atenta a novas informações, realizando diligências em locais em que há a possibilidade de Alessandra ter sido vista, consultando moradores e solicitando imagens de câmeras de vigilância. Nas últimas semanas, essa ação tem sido orquestrada pela família, que há cerca de 15 dias contratou profissionais particulares para contribuir nas investigações e dar apoio às autoridades.
Parentes da advogada disponibilizaram um número de telefone, na tentativa de encontrá-la. Desde então, foram registrados diversos contatos de pessoas que dizem ter visto a jovem. A tia Érica Andrade conta que, em certos casos, são repassadas informações falsas na tentativa de conseguirem alguma recompensa em dinheiro. No entanto, segundo ela muitas pessoas fazem buscas pelas ruas com a intenção de ajudar.
— Hoje (quarta-feira) recebemos um vídeo de uma pessoa que acreditou ter visto a Alessandra e ficou parada no local esperando a nossa confirmação. É um momento de desespero quando a gente recebe a informação. Olhamos com aquela esperança de que seja ela. Dá um desalento quando a gente vê que não, mas em todo caso a gente agradece pela ajuda — relata a tia.
A Polícia Civil, através da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de São Leopoldo, segue investigando as circunstâncias que motivaram o desaparecimento. Até o momento, mais de 20 pessoas foram ouvidas. Enquanto não houver novos elementos a respeito do caso, nenhum novo depoimento está previsto. Além disso, diversas mensagens do celular de Alessandra foram analisadas.
— Tem sido essa agonia. A gente não deseja para nenhuma pessoa. Um sentimento de medo, incerteza e de dor, tá? Não sabemos o que fazer, a não ser continuar na busca e não desistir dela. Nós vamos seguir buscando Alessandra, quanto tempo for necessário — conclui Érica
Para repassar informações sobre o paradeiro de Alessandra, é possível entrar em contato pelos telefones:
- (51) 99771-5838 (Família)
- 0800-642-0121 (Polícia Civil)
- 190 (Brigada Militar)