A justiça do Rio de Janeiro manteve a prisão temporária de Sabine Coll Boghici, suspeita de aplicar um golpe milionário, estimado em mais de R$ 720 milhões, na própria mãe, de 82 anos, viúva do colecionador de arte Jean Boghici. A decisão foi publicada pela juíza Ariadne Villela Lopes, da Central de Custódia de Benfica, em audiência realizada na sexta-feira (12).
Os outros três presos na investigação são da mesma família. Rosa Stanesco Nicolau e Jacqueline Stanesco Gouveia — que se apresentavam como videntes —, e o filho de Rosa, Gabriel Nicolau Traslavina Hafliger, também passaram por audiências de custódia e, assim como Sabine, tiveram suas prisões mantidas.
Durante a audiência, a defesa de Rosa Stanesco informou que está reunindo documentação para reivindicar a revogação da prisão temporária.
Já a defesa de Jacqueline requereu a revogação da prisão, alegando que nada de ilícito foi encontrado com a custodiada, e que seu vínculo com os demais presos na operação também não foi comprovado. O pedido foi indeferido pela juíza Mariana Tavares Shu, que esteve à frente da audiência.
Na última quarta-feira (10), policiais civis da Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa da Terceira Idade (Deapti) do Rio de Janeiro deflagraram a Operação Sol Poente, com o objetivo de desarticular uma quadrilha suspeita de roubar mais de R$ 720 milhões de uma idosa de 82 anos, entre obras de arte de artistas renomados, joias e transferências bancárias.
As investigações indicaram que o golpe, articulado pela filha da vítima, começou a ser aplicado em janeiro de 2020.