A Polícia Civil está checando cerca de 30 procedimentos cirúrgicos em que o médico Giovanni Quintella Bezerra atuou desde abril, quando concluiu sua especialização em anestesia. Ele está preso desde a madrugada de segunda-feira (11), após ter sido flagrado em vídeo estuprando uma parturiente durante uma cesárea, em hospital no Rio de Janeiro.
Os investigadores querem saber o tipo de medicação utilizada pelo anestesista em cada uma das cirurgias. A partir daí, vão averiguar se ele cometeu outros abusos.
— Nós vamos investigar, fazer uma triagem, ver quais foram os procedimentos, e aí vamos aprofundando. São mais de 30, já identificados como possíveis (casos) — disse a delegada Bárbara Lomba, titular da Delegacia de Atendimento à Mulher de São João de Meriti, nesta quinta-feira (14).
A delegada espera ouvir outras duas pacientes que foram atendidas pelo médico no domingo (10). Na quarta, ela telefonou para a vítima que foi filmada sendo estuprada, para prestar solidariedade. O depoimento dela ainda não foi colhido.
A Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro informou que a mulher que sofreu o abuso foi atendida por uma equipe multidisciplinar do próprio Hospital da Mulher Heloneida Studart após o estupro.
"Essa conversa aconteceu antes da alta da paciente, da terça-feira, dia 12, e foi acompanhada por familiares. A paciente recebeu todas as informações e medicações que compõem o protocolo para vítimas de violência sexual", informou a SES em nota.